do espelho
em que da estátua
se firmou
a figura canônica
e cantava sem a música
pela letra
que não era palavra;
fazia
nas pratas
o pomo sem vida
que brotou
de sua despele
e desaparência.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
utopoesia.
afia a faca
em frases
a utopia
forma
em formas
pólvoras finas
e explode-se fora
o verso
em revoltas
em utopias, ainda,
que nem se fizeram:
fora em verso.
em frases
a utopia
forma
em formas
pólvoras finas
e explode-se fora
o verso
em revoltas
em utopias, ainda,
que nem se fizeram:
fora em verso.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
dormir.
dormir
como se nada mais houvesse
deixar as molas do corpo cair
as peles se esticarem
cabelos soçobrarem
os movimentos alíviados
os musculos dantes contritos
inertes, dóceis, descansados.
tudo no relaxamento
no relaxamente
e aquela cobrança
velha cobrança
de trabalhos,
afetos,
desejos,
objetivos...
deixei a porta o passado, o futuro
e já nem me lembro o que é o presente
senão este silêncio límpido
onde repousam sincronias plásticas de notas músicais tântricas
cama
santo lar
onde as piscinas dos sonhos massageiam
não ter nada pra fazer
nenhum livro pra ler
e mais, nem mesmo ideia de que existem tais conceitos
fechar olhos
sumir-se aconchegado
deitar em conchas morninhas
apagar a luz
e deixar o sono invadir
sem a preocupação comigo
ou com os outros.
como se nada mais houvesse
deixar as molas do corpo cair
as peles se esticarem
cabelos soçobrarem
os movimentos alíviados
os musculos dantes contritos
inertes, dóceis, descansados.
tudo no relaxamento
no relaxamente
e aquela cobrança
velha cobrança
de trabalhos,
afetos,
desejos,
objetivos...
deixei a porta o passado, o futuro
e já nem me lembro o que é o presente
senão este silêncio límpido
onde repousam sincronias plásticas de notas músicais tântricas
cama
santo lar
onde as piscinas dos sonhos massageiam
não ter nada pra fazer
nenhum livro pra ler
e mais, nem mesmo ideia de que existem tais conceitos
fechar olhos
sumir-se aconchegado
deitar em conchas morninhas
apagar a luz
e deixar o sono invadir
sem a preocupação comigo
ou com os outros.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
ótica mansa
o conto que pensei
no momento de risco
saiu com o fim
tão perigoso?
então porque
fiquei tanto tempo
temendo cada linha?
e porque quando estive
diante da inspiração
concebia que a mão
não seria capaz de atingir a ideia?
por que desconfiei de cada palavra?
porque simplismente não banalizei os paragráfos
os acentos
as vírgulas,
os pontos e o próprio traço sobre a linha?
talvez não estivesse pronto.
Porque queria estar além de tudo
porque residia a metafísica de outros mundos em mim ainda
resquícios corpórios de expectativas céleres dos atos
mas , a calma
ela deve advir.
pra que me consuma
para que me apague
o traço de trancendência
para que eu apenas possa
acalmar o coração
e as taquicardias sumindo...
e de repente
surge de uma certa ótica mansa
o presente
sem as deliberações alternantes e circunscisfláuticas
de um hipotético futuro
- escrevo sem avaliar
um verso.
no momento de risco
saiu com o fim
tão perigoso?
então porque
fiquei tanto tempo
temendo cada linha?
e porque quando estive
diante da inspiração
concebia que a mão
não seria capaz de atingir a ideia?
por que desconfiei de cada palavra?
porque simplismente não banalizei os paragráfos
os acentos
as vírgulas,
os pontos e o próprio traço sobre a linha?
talvez não estivesse pronto.
Porque queria estar além de tudo
porque residia a metafísica de outros mundos em mim ainda
resquícios corpórios de expectativas céleres dos atos
mas , a calma
ela deve advir.
pra que me consuma
para que me apague
o traço de trancendência
para que eu apenas possa
acalmar o coração
e as taquicardias sumindo...
e de repente
surge de uma certa ótica mansa
o presente
sem as deliberações alternantes e circunscisfláuticas
de um hipotético futuro
- escrevo sem avaliar
um verso.
a bala no escuro
................................à minha ansiedade
1
caçador
com medo da caça
atira balas perdidas.
o alvo existiu, existirá?
2
caçador
com medo da caça
espera
em fôlegos mansos
acerta o alvo
que pode não ser a caça
mas também não é
a bala no escuro.
1
caçador
com medo da caça
atira balas perdidas.
o alvo existiu, existirá?
2
caçador
com medo da caça
espera
em fôlegos mansos
acerta o alvo
que pode não ser a caça
mas também não é
a bala no escuro.
(não) entre
ante a porta aberta
o movimento que estaca no meio
na passagem
e ao ver a frincha
não se trespassa
situa-se nos contratempos mas não se define compassos
é limbo,sobretudo, sem céu ou terra.
o movimento que estaca no meio
na passagem
e ao ver a frincha
não se trespassa
situa-se nos contratempos mas não se define compassos
é limbo,sobretudo, sem céu ou terra.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
aforismas de repente
1
e me perguntas sobre as respostas
quando nem mesmo sei
as perguntas.
2
queres o depois dos dois pontos
e eu nem sei introduzir o parágrafo
3
aposto, aposto que não explico.
4
nem sei se o oi inóspito de outro dia
será o submarino de amanhã,
ou se a suspensa colina.
5
a ponta do iceberg
ou o seu fundo
mas é com o meio
que me confundo.
6
é coragem ou o leão acuado?
7
diagnóstico
e então vejo
que estive doente
e continuei viver
sem percebê-lo
mas agora o relatório me diz
que eu deveria
saber
o quanto
estou doente
eu, que nunca quis assinar
o contrato ilídimo
de dor com o mundo.
6
é verdade
é a realidade
falava a cafeína.
7
nadar o mar para evitar carros
fora suicídio?
8
o filho daquela senhora quer o superboneco armado,
nunca poderá ser o guerreiro.
9
quem ligou o abat-jour
achou o interruptor do vaga-lume?
10
entre a pedra do prédio
onde ficou a pedra?
e porque o prédio não é mais prédio?
11
por que quando pergunto
o que se passa
apenas me responde:
"são suas cobranças"?
12
quando a esmola caiu sobre o chapéu
foi ela que sobreviveu?
13
eu vi um abacateiro se formar na lua
e ele era feito de queijo.
14
quantos segundos se passaram
antes de se contar o tempo?
15
nonagésimo
palavra que nunca usei
mas alguém
deve saber seu significado.
16
boca fechada não entra mosquito.
procuro ainda a teia da aranha.
17
o cigarro é a chupeta do capeta
repetia minha avó
eu não me lembro da minha última chupeta
eu não me lembro do capeta
eu não me lembro...
18
nasdaste no mar vermelho
tua pele virou ketchup?
ou virou teu sangue?
19
coisas pra falar
e nada pra dizer.
20
coisas pra pensar
e penso nada.
e me perguntas sobre as respostas
quando nem mesmo sei
as perguntas.
2
queres o depois dos dois pontos
e eu nem sei introduzir o parágrafo
3
aposto, aposto que não explico.
4
nem sei se o oi inóspito de outro dia
será o submarino de amanhã,
ou se a suspensa colina.
5
a ponta do iceberg
ou o seu fundo
mas é com o meio
que me confundo.
6
é coragem ou o leão acuado?
7
diagnóstico
e então vejo
que estive doente
e continuei viver
sem percebê-lo
mas agora o relatório me diz
que eu deveria
saber
o quanto
estou doente
eu, que nunca quis assinar
o contrato ilídimo
de dor com o mundo.
6
é verdade
é a realidade
falava a cafeína.
7
nadar o mar para evitar carros
fora suicídio?
8
o filho daquela senhora quer o superboneco armado,
nunca poderá ser o guerreiro.
9
quem ligou o abat-jour
achou o interruptor do vaga-lume?
10
entre a pedra do prédio
onde ficou a pedra?
e porque o prédio não é mais prédio?
11
por que quando pergunto
o que se passa
apenas me responde:
"são suas cobranças"?
12
quando a esmola caiu sobre o chapéu
foi ela que sobreviveu?
13
eu vi um abacateiro se formar na lua
e ele era feito de queijo.
14
quantos segundos se passaram
antes de se contar o tempo?
15
nonagésimo
palavra que nunca usei
mas alguém
deve saber seu significado.
16
boca fechada não entra mosquito.
procuro ainda a teia da aranha.
17
o cigarro é a chupeta do capeta
repetia minha avó
eu não me lembro da minha última chupeta
eu não me lembro do capeta
eu não me lembro...
18
nasdaste no mar vermelho
tua pele virou ketchup?
ou virou teu sangue?
19
coisas pra falar
e nada pra dizer.
20
coisas pra pensar
e penso nada.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
delírio
1
que delírio é este
que torce minhas sombras
e faz da rosa vazia
lágrimas de velas?
2
que delírio é esse
que concebe além-muros
nosso barco viajando
e os litorais arenosos
se formando?
3
que delírio é esse
espécie de chave
que penetra poros
abre os canos afogados
estabelece túneis de relíquias impensadas
perfura minas no ermo
envagina, louco, células?
4
que delírio é este
revolução desabrochada dos camaradas
pétalas como bandeiras
as hastes levantadas
e uma chama inapagável como corola?
5
que delírio
que desatino é esse
que enternece Alascas
cria saaras aprazíveis
ferida que sustenta existência?
6
que delírio
e entre a espada e a cruz
o ai e o sus
a conjutivite e o colírio?
7
que delírio meu deus
que delírio dos infernos!
e odins cumprimentam
entre taos e nirvanas
o meu materialismo.
8
que delírio
que faz moscas e borboletas
no peito e no pinto
brotoejas e confetes.
9
que delírio
só delírio...
latifúndios destruídos
menos horas de trabalho
salário eterno e ócio...
10
delírio mesmo
delírio
sonho que nasce de sonho
paródia de todo delírio.
que delírio é este
que torce minhas sombras
e faz da rosa vazia
lágrimas de velas?
2
que delírio é esse
que concebe além-muros
nosso barco viajando
e os litorais arenosos
se formando?
3
que delírio é esse
espécie de chave
que penetra poros
abre os canos afogados
estabelece túneis de relíquias impensadas
perfura minas no ermo
envagina, louco, células?
4
que delírio é este
revolução desabrochada dos camaradas
pétalas como bandeiras
as hastes levantadas
e uma chama inapagável como corola?
5
que delírio
que desatino é esse
que enternece Alascas
cria saaras aprazíveis
ferida que sustenta existência?
6
que delírio
e entre a espada e a cruz
o ai e o sus
a conjutivite e o colírio?
7
que delírio meu deus
que delírio dos infernos!
e odins cumprimentam
entre taos e nirvanas
o meu materialismo.
8
que delírio
que faz moscas e borboletas
no peito e no pinto
brotoejas e confetes.
9
que delírio
só delírio...
latifúndios destruídos
menos horas de trabalho
salário eterno e ócio...
10
delírio mesmo
delírio
sonho que nasce de sonho
paródia de todo delírio.
das sombras
a porta que procuras
após a escuridão
só demonstra escuridão
e nenhuma entrada.
mesmo assim a abres
e as sem-luzes
sem iludir-te
fazem todo sentido.
e vês que no terror
de último pavoroso caminho
abunda ainda a possibilidade lídima
das sombras.
após a escuridão
só demonstra escuridão
e nenhuma entrada.
mesmo assim a abres
e as sem-luzes
sem iludir-te
fazem todo sentido.
e vês que no terror
de último pavoroso caminho
abunda ainda a possibilidade lídima
das sombras.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
in fresta
reaparece mentalmente
aquele dia de ontem
na pequena fresta
de onde eu vi o branco
de um rosto.
aquele dia de ontem
na pequena fresta
de onde eu vi o branco
de um rosto.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
ritual
sentamo-nos
quase ajoelhados
e contemplamos
até quase fechar os olhos
murmuramos palavras em nosso ritual de recebimento único
aquelas imagens santas passando pela vista
e nós a observá-las
estagnação e imobilidade
alienados de nós mesmo
quase num ato de contrição
nossos corpos meditam
ladainhas infrenes sob a ótica
é tudo religioso
religamo-nos
com a vida
mas imaginária...
estamos complacentes
ovelhas domadas
e pedimos alimento insosso
com o controle
nunca controlável
da tv.
quase ajoelhados
e contemplamos
até quase fechar os olhos
murmuramos palavras em nosso ritual de recebimento único
aquelas imagens santas passando pela vista
e nós a observá-las
estagnação e imobilidade
alienados de nós mesmo
quase num ato de contrição
nossos corpos meditam
ladainhas infrenes sob a ótica
é tudo religioso
religamo-nos
com a vida
mas imaginária...
estamos complacentes
ovelhas domadas
e pedimos alimento insosso
com o controle
nunca controlável
da tv.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
agradecimento.
a morte é o agradecimento
de como existimos
faço, fiz, farei
e tudo isso foi em prol
de dores
de amores
de vazios
e plenitudes
Porque existo, existi e existirei
e ao meu lado, vi pessoas as mais retilíneas e disformes
A elas pude dar-lhes algo
e me sinto também retribuído.
Não pagamos nada
no entanto
ganhamos algo
e sinto que quando morrer
poderei apenas dizer
fui mudei e transformei
e sei que também
todos foram mudaram tranformaram-se
porque houve a possibilidade da troca
e a troca ampliou
a possibilidade das substâncias.
sim,
quando eu morrer
morrerei
agradecendo os amigos
os estranhos
os próximos
e até a terra
por ela fazer de mim
algo.
de como existimos
faço, fiz, farei
e tudo isso foi em prol
de dores
de amores
de vazios
e plenitudes
Porque existo, existi e existirei
e ao meu lado, vi pessoas as mais retilíneas e disformes
A elas pude dar-lhes algo
e me sinto também retribuído.
Não pagamos nada
no entanto
ganhamos algo
e sinto que quando morrer
poderei apenas dizer
fui mudei e transformei
e sei que também
todos foram mudaram tranformaram-se
porque houve a possibilidade da troca
e a troca ampliou
a possibilidade das substâncias.
sim,
quando eu morrer
morrerei
agradecendo os amigos
os estranhos
os próximos
e até a terra
por ela fazer de mim
algo.
Brait
Disse adeus a princesa
para ir atrás da princesa -
agora podia voltar no tempo indo ao encontro
entre quebra-cabeças fui montando momentos
amassos em que derrubava bebidas;
banquetes;
caminhos
e fui me encontrar comigo mesmo
eu jovem olhando aquele sobre a cama, decrépito.
E nenhum deles me representava.
Continuei indo atrás da princesa
e a cada castelo em que pousavam os meus pés
obtinha a mesma resposta
de dinossauros a atualizar o meu futuro
"a princesa não está aqui..."
"será que a princesa existe?"
E me debati entre monstros
derrubando lustres sobre suas cabeças quando tentavam tirar minha vida
certa vez fui atingido
mas retornei ao tempo, vi-me vivo e a encarar os monstros que achava nunca ser possível enfrentar.
buscando formar o quebra-cabeça, fugi do primeiro quarto onde a realidade realmente estava
desci escadas para todos os outros quartos
o tempo ficou mais veloz, mais vagaroso
às vezes quando eu andava para frente, tudo fugia para trás
às vezes eu tinha mais que uma presença, minhas sombras agiam concomitantes a mim
e vivia duas vidas em um só tempo.
às vezes em momento de possível ligação, meu anel em levar o peso dar coisas
flutuações em lerdidades incríveis,
ilusões gravitacionais se esvaindo...
o tempo era simplismente um jogo.
E, então, no tão longe
a realidade veramente começara exatamente no ponto óbvio
no sempre onde não se procura
encontro a princesa em outros braços, mas em fuga...
preciso salvar minha vida e a sua dos fogos que nos perseguem.
finalmente, salvo-a.
e não tenho acesso a ela.
Ela se põe a dormir, paredes insulam-na.
Tento voltar no tempo.
Agora, tudo o que eu fizera recai contra mim.
Todas as portas, alavancas e travas abertas para salvar sua vida aristocrática
colocadas de repente contra os meus bem-feitos
Minha morte me persegue
e ela vem com as mãos mais delicadas
delicadas e ao ponto de me imputarem absurdos.
Chego enfim, castelo que tento montar,
imprecisa figura frágil no meio do nada:
concluído está sobre o alto o castelo de isolamento, a alienação.
Num bar falo com uma garota, relações de conveniência.
--Desejo sair--
experimentar o ar
toda quinquilharia do cotidiano, tropas de acontecimentos tolos...
Estendo a mão à avenida.
saiu pela rua escura e vejo um castelo,
dobro-a,
talvez eu apenas faça curva em ruas sem saídas:
Digo adeus a princesa para ir atrás da princesa.
para ir atrás da princesa -
agora podia voltar no tempo indo ao encontro
entre quebra-cabeças fui montando momentos
amassos em que derrubava bebidas;
banquetes;
caminhos
e fui me encontrar comigo mesmo
eu jovem olhando aquele sobre a cama, decrépito.
E nenhum deles me representava.
Continuei indo atrás da princesa
e a cada castelo em que pousavam os meus pés
obtinha a mesma resposta
de dinossauros a atualizar o meu futuro
"a princesa não está aqui..."
"será que a princesa existe?"
E me debati entre monstros
derrubando lustres sobre suas cabeças quando tentavam tirar minha vida
certa vez fui atingido
mas retornei ao tempo, vi-me vivo e a encarar os monstros que achava nunca ser possível enfrentar.
buscando formar o quebra-cabeça, fugi do primeiro quarto onde a realidade realmente estava
desci escadas para todos os outros quartos
o tempo ficou mais veloz, mais vagaroso
às vezes quando eu andava para frente, tudo fugia para trás
às vezes eu tinha mais que uma presença, minhas sombras agiam concomitantes a mim
e vivia duas vidas em um só tempo.
às vezes em momento de possível ligação, meu anel em levar o peso dar coisas
flutuações em lerdidades incríveis,
ilusões gravitacionais se esvaindo...
o tempo era simplismente um jogo.
E, então, no tão longe
a realidade veramente começara exatamente no ponto óbvio
no sempre onde não se procura
encontro a princesa em outros braços, mas em fuga...
preciso salvar minha vida e a sua dos fogos que nos perseguem.
finalmente, salvo-a.
e não tenho acesso a ela.
Ela se põe a dormir, paredes insulam-na.
Tento voltar no tempo.
Agora, tudo o que eu fizera recai contra mim.
Todas as portas, alavancas e travas abertas para salvar sua vida aristocrática
colocadas de repente contra os meus bem-feitos
Minha morte me persegue
e ela vem com as mãos mais delicadas
delicadas e ao ponto de me imputarem absurdos.
Chego enfim, castelo que tento montar,
imprecisa figura frágil no meio do nada:
concluído está sobre o alto o castelo de isolamento, a alienação.
Num bar falo com uma garota, relações de conveniência.
--Desejo sair--
experimentar o ar
toda quinquilharia do cotidiano, tropas de acontecimentos tolos...
Estendo a mão à avenida.
saiu pela rua escura e vejo um castelo,
dobro-a,
talvez eu apenas faça curva em ruas sem saídas:
Digo adeus a princesa para ir atrás da princesa.
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