terça-feira, 17 de agosto de 2010

ótica mansa

o conto que pensei
no momento de risco
saiu com o fim
tão perigoso?

então porque
fiquei tanto tempo
temendo cada linha?

e porque quando estive
diante da inspiração
concebia que a mão
não seria capaz de atingir a ideia?

por que desconfiei de cada palavra?
porque simplismente não banalizei os paragráfos
os acentos
as vírgulas,
os pontos e o próprio traço sobre a linha?

talvez não estivesse pronto.

Porque queria estar além de tudo
porque residia a metafísica de outros mundos em mim ainda
resquícios corpórios de expectativas céleres dos atos

mas , a calma
ela deve advir.

pra que me consuma
para que me apague
o traço de trancendência

para que eu apenas possa
acalmar o coração
e as taquicardias sumindo...

e de repente
surge de uma certa ótica mansa
o presente
sem as deliberações alternantes e circunscisfláuticas
de um hipotético futuro

- escrevo sem avaliar

um verso.

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