o conto que pensei
no momento de risco
saiu com o fim
tão perigoso?
então porque
fiquei tanto tempo
temendo cada linha?
e porque quando estive
diante da inspiração
concebia que a mão
não seria capaz de atingir a ideia?
por que desconfiei de cada palavra?
porque simplismente não banalizei os paragráfos
os acentos
as vírgulas,
os pontos e o próprio traço sobre a linha?
talvez não estivesse pronto.
Porque queria estar além de tudo
porque residia a metafísica de outros mundos em mim ainda
resquícios corpórios de expectativas céleres dos atos
mas , a calma
ela deve advir.
pra que me consuma
para que me apague
o traço de trancendência
para que eu apenas possa
acalmar o coração
e as taquicardias sumindo...
e de repente
surge de uma certa ótica mansa
o presente
sem as deliberações alternantes e circunscisfláuticas
de um hipotético futuro
- escrevo sem avaliar
um verso.
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