segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Brait

Disse adeus a princesa
para ir atrás da princesa -

agora podia voltar no tempo indo ao encontro

entre quebra-cabeças fui montando momentos
amassos em que derrubava bebidas;
banquetes;
caminhos
e fui me encontrar comigo mesmo
eu jovem olhando aquele sobre a cama, decrépito.

E nenhum deles me representava.

Continuei indo atrás da princesa
e a cada castelo em que pousavam os meus pés
obtinha a mesma resposta
de dinossauros a atualizar o meu futuro

"a princesa não está aqui..."
"será que a princesa existe?"

E me debati entre monstros
derrubando lustres sobre suas cabeças quando tentavam tirar minha vida
certa vez fui atingido
mas retornei ao tempo, vi-me vivo e a encarar os monstros que achava nunca ser possível enfrentar.

buscando formar o quebra-cabeça, fugi do primeiro quarto onde a realidade realmente estava
desci escadas para todos os outros quartos

o tempo ficou mais veloz, mais vagaroso
às vezes quando eu andava para frente, tudo fugia para trás
às vezes eu tinha mais que uma presença, minhas sombras agiam concomitantes a mim
e vivia duas vidas em um só tempo.
às vezes em momento de possível ligação, meu anel em levar o peso dar coisas
flutuações em lerdidades incríveis,
ilusões gravitacionais se esvaindo...

o tempo era simplismente um jogo.

E, então, no tão longe
a realidade veramente começara exatamente no ponto óbvio
no sempre onde não se procura

encontro a princesa em outros braços, mas em fuga...

preciso salvar minha vida e a sua dos fogos que nos perseguem.

finalmente, salvo-a.

e não tenho acesso a ela.

Ela se põe a dormir, paredes insulam-na.

Tento voltar no tempo.
Agora, tudo o que eu fizera recai contra mim.

Todas as portas, alavancas e travas abertas para salvar sua vida aristocrática
colocadas de repente contra os meus bem-feitos
Minha morte me persegue
e ela vem com as mãos mais delicadas
delicadas e ao ponto de me imputarem absurdos.

Chego enfim, castelo que tento montar,
imprecisa figura frágil no meio do nada:

concluído está sobre o alto o castelo de isolamento, a alienação.

Num bar falo com uma garota, relações de conveniência.

--Desejo sair--

experimentar o ar

toda quinquilharia do cotidiano, tropas de acontecimentos tolos...

Estendo a mão à avenida.

saiu pela rua escura e vejo um castelo,

dobro-a,

talvez eu apenas faça curva em ruas sem saídas:

Digo adeus a princesa para ir atrás da princesa.

Um comentário:

  1. este foi baseado num jogo com o mesmo nome... genial o jogo de videogame aliás...

    ResponderExcluir