a morte é o agradecimento
de como existimos
faço, fiz, farei
e tudo isso foi em prol
de dores
de amores
de vazios
e plenitudes
Porque existo, existi e existirei
e ao meu lado, vi pessoas as mais retilíneas e disformes
A elas pude dar-lhes algo
e me sinto também retribuído.
Não pagamos nada
no entanto
ganhamos algo
e sinto que quando morrer
poderei apenas dizer
fui mudei e transformei
e sei que também
todos foram mudaram tranformaram-se
porque houve a possibilidade da troca
e a troca ampliou
a possibilidade das substâncias.
sim,
quando eu morrer
morrerei
agradecendo os amigos
os estranhos
os próximos
e até a terra
por ela fazer de mim
algo.
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