segunda-feira, 7 de outubro de 2013

vervento

angústia
como um cardume
de rochas e seus dentes
chifres
do aço assado
dobrado
sem qualquer resiliência

meu peito
vejo um tufão
sem giro
doloroso por sua parada
por sua instância de silêncio

e tudo pois tua mão não estica
não se apresenta para a tristeza do mundo
para a tragédia

está vivo
tua sorte te contempla
como aquela bússola
de navegantes de estrela

mas, não queres olhar o sangue no chão
Não queres ver a mão picada pela tua borboleta
não queres abrir um buraco para finalmente ver que o buraco pode existir
está aberto com as portas abertas com as janelas

o buraco
o buraco que é o inverso do sonho
e ao revés ainda o sonho
como o vento ao inverso.

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