sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Por não ter

por não ter nada
nem como voltar
tive que continuar
andando

contei com ajuda
perdi a conta
perdi os conto
em contos
encontros

foi o passo dado,
despisado
e cheguei
como bêbado
em casa

a casa que não tinha nada
e me vi parado na porta
sem maçaneta
e me vi dentro
mas o céu, paredes perpassáveis
o silêncio era como a cama

naquele dia dormi
depois de caminhar muito
depois de ver muito
e sentir

ar que circula e some
sem nunca
queixar-se
em vaga

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