Com meus amigos tenho qualquer desabafo,
qualquer compensação...
mas, eles são como eu, seres solitários,
desperdiçários de festas,
românticos sempre
de algum modo
românticos e fracos.
Na verdade, nunca poderia acreditar em meus amigos.
Não que não houvesse confiança
ou o encantamento da bajulação
o que se passa, é que eles muito me parecem
suas posturas anti-algo
suas vidas corrompidas por esta espécie de envenenamento
doses dos licores cirróticos da noção histórica
da suposta consciência...
E nossas vidas
o zarolho caos do impossível
não somos grandes
não chegaremos a nada
estaremos no mesmo bar
a mesma cerveja
outra garrafa porém
e os motes, as mortes,
um belo dia acordaremos
o despertador não sera a carabina inimiga
nem mesmo o cheque de um milhão de dólares e o nosso corrompimento
e a nossa corrupção
lá estará o despertador,
o mesmo horário,
o mesmo acordar
a mesma vida repetitiva que só se vive para esperar a morte
ou, menos trágico, a aposentadoria;
o despertador.
sim, ele,
sim, eu,
o mesmo.
- indelévelmente
o mesmo.
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