A vida pela visão
de uma borboleta
enclausurada no vidro.
e comecei a quebrar espelhos
quando as imagens
só significavam
pelos cubos vagos
em areia solidificada
nunca vi algo vivo
pensei
ao olhar os quadros
do imóvel
meu
os cachorros continuam babando os frangos de padaria sem o sabor atingido.
II
a borboleta monárquica
porque os báculos e cetros
continuam a querer o mundo
a magia nas linhas da palma
sem qualquer laivo de magos
apenas os slides das marcas
borboletas no estômago
borboletas na hélice da mente
borboletas, como folhas, como pétalas, como chuva, como pó, pólen
borboletas - ou átomos.
e a poeira de seu voo despejada pelo futuro.
III
o doloroso
como uma borboleta leve voando.
antes éramos vermes apenas
agora que saímos
não saímos
somos produto
colorido envenenado
para polinização.
Fiz este poema após assistir ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=8i9vEBWnu9I e ler este artigo. Interessante!
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