Mulher
não pelo
rígido patrimônio
que é a palavra do dinheiro
e nem pelo matrimônio
a dura palavra para casa.
Não,
mulher,
mulher pelas ruas,
não apenas tomando espaços
burocratizados
não apenas sendo o ofício de mãe
ou o de solidão libertária
e resignada ao "domus" empresarial.
Mulher,
não tecelã de polis
à espera... sempre à espera
mulher - não, mulher: lá fora, aqui dentro,
em qualquer parte...
Mulher não governante apenas
mas mulher aqui, cá e ali e acolá,
unida a tudo,
longe daonde não se possa ver
as mãos de todos os gêneros,
sim, as mãos de todos gêneros
todas as doces mãos de todos os gêneros
sublevando-se
tomando o mundo,
tendo o poder e o poder é tão amplamente correspondente
que já é palavra comum
a todos
e não, não mais se dirá mulher, homem, heteros, homos,
com a pretensa cisão
mas com o diferencial que mais inclui
mulher,
mais do que isso,
sem a "globofobia"
sem o brinde do seu dia -
os penduricalhos capitalistas que se entitulam femininos
e são somente mais mercadorias e seus clientes
muito ao contrário,
um brinde das mulheres
a taça, o copo, a caneca,
o que seja,
cheia de vinho
e todos pelas suas mãos
brindemos e brindaremos
o gole feminino
e toda a nossa
emancipação.
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