quinta-feira, 11 de março de 2010

Alumbro

Assombro. No meio de carvões, o diamante. Não pude explicar aquela luz. Seus esmeraldos esmaltes, a tentativa de giz caiando seus mármores, a não-cor de seus sobrerios em rutilâncias. Era a sensação do impossível, a sensação do menor, do menos, ou do mais, só que pelo abismo.

Fitei. Um segundo a isca distante dos anzóis fisgada. E tudo me bouleversou, ao passo que para aquele ser, o olhar era o estar sob o mesmo foco, nos permeios da distração.
Será?

Átimo, é sempre átimo. E o alumbramento da beleza mais cheia de crença irrompeu. E,de repente, o vaga-lume se esvai. Vaga lucenteza, vaga lucerteza. Vago, vago lume.

Membros pensos e pensando. Se do silêncio a voz queimasse uma palavra de possibilidade. Não pôde. A bel-beleza e o sumiço.

A rua cheia de faróis, cheia de surpresas em corpos. Se há sinais, fechados. A questão era saber se um rutilo seria possível - quando estamos no através célere de uma rua, em que as luzes apenas passam e seguimos adiante, em relacionamentos de carros.

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