segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Edileuza

Edileuza,

o que gosto é deste teu nome descomum

de cuja sonoridade

inadvertidamente

vai me recaindo nos ouvidos

como os cantos minusculosamente escondidos

da vida

em sua poesia de mais ruptura


Já me ofertaram rosas

o céu

as estrelas

os mares

e tudo isto me soou como a banalidade das promessas que se deixam flutuar ao engano

mas em teu nome

vem a mim o segredo inconcebível do novo

o subversivo do diferente


Se me disserem que há um padrão
se me disserem que a excentricidade é rísivel
de nada entendem

o que há no seu nome
é a espécie de metáfora do inexprimível singular

é o acontecimento inesperado que urge toda a vida
a rebelião histórica, a nova sabedoria, é o estranhamento que altera curso
é o não conbível de eras e o revolucionário do futuro

seu nome é a idéia
do além da tradição

é como se o sol brotasse de madrugada
e fora do céu
na base da flor da terra.

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