sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Como é bonito
me ver alegre
aquela face de menino
no rosto barbado...
o olhar meio de danado
e aquele riso espocando
como se fosse a primeira vez de uma piada.

Como é bonito
ver a minha felicidade
a intensidade da minha dança
a minha voz saindo forte alta altiva
e o meu corpo junto
em cadência - meus pés em ritmo
minhas mãos tamboricando
e os meus cabelos no ar
brincando...


Como é bonita
esta serenidade
esse amor próprio
que não recai sobre si
com a vaidade tola da presunção
e que é, ao contrário,
a aceitação de ser normal,
mas diferente,
estranho,
mas comum,
e ainda
novo e,
ainda,
maduro.


Como é bom e bonito
saber-se vivo
e calmo
e lúdico
e engraçado
e sereno...

Sim, é bom demais estar vivo,
ser quem sou,
fazer o que faço,
ser este só mais um único
e por isso mesmo forte
na caminhada com os outros.

E quando isto sinto
crece em mim a fé
do coletivo
que em seus sorrisos
consegue ser a felicidade muito maior
do que o meu riso

A felicidade de sê-lo, mais intenso,
em conjunto...

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