quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Una

..............................................................à Renam

e a maresia ecoava a ondulação de seu falso nome

renam renam renam

convidava-o à palestra dos moluscos
ao parlamento das pedras
ao tagarelismo das conchas

mas estavas onde?

que tua sem camisa parecia a farinha
que descia pela amplidão;

que teus óculos nublados
pareciam o algodão
que escondia o castanho
múrmurio das rochas;

que teu tamanho todo
se estendia e não mais podias ver teu ossos
senão como torrentes
como sincronismos de imagens galopantemente trotando num espaço lúcido de calmaria
e os silvos sussurantes de quietude
margeando o límite do horizonte
como o viver que responde

ao vale guardado
esperando o uivo
dos que já conversam
com as entidades pacíficas
do de lá

da morte.

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