saída para nowhere. o chão desliza nos pés assim como o céu desliza na terra.tocamos o asfalto com cheiro do tempo já passado. Não vi uma reta ao seguir para frente da rua, nem uma reta ao olhar pra as minhas costas. A rua era como um escorregador circular, girando como um carrossel e uma roda gigante. estendi meu nariz afilado para frente - o nariz estava em minha nuca. Retrocedi ao dito futuro, o nariz estava em todo o meu rosto, no chão, céu, em toda parte. Tudo fazia parte da mesma mucosa sadia.
Tentei o espirro. Com ele, o quebra cabeça se rearrajou. Quando percebi eu já não tinha pernas e o céu saía de rolê, de ponta cabeça e com as mãos da terra, no fogo do oceano.
o louco em nirvana
e sonha com o normal
da múmia do mar.
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