domingo, 1 de setembro de 2013

Ao olhá-lo
amigo de infância
as roupas brancas
tão bonito
e asseado

ao olhar-me
ainda o mesmo
e diferente
ainda em rebuliço

o que conseguiu,
consegui,
ele quem sabe
o dinheiro
eu
quem sabe
o analista.

ele, o surfista,
eu o professor.

O que há hoje?

um dia fomos meninos
um dia fomos
estranhos.

Ele hoje é só um cabelo alinhado
hoje sou apenas a reminiscência de um cabelo comprido
desalinhado

e possivelmente
caindo.

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