sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

gelatina

raiva que engulo
esta pasta gelatinosa
às vezes de refluxos

senti uma vez queimar meu pulmão.

continuarei:

-naquela advertência pelo uso incorreto do tempo, apenas porque dou despesas por cumprir com o meu trabalho, que poderia ser feito por qualquer um?

estorvo?

-hora do tempo que gastei por não ter experiência e despesa por não saber fazer ainda o que eu deveria estar aprendendo muito rápido e sem respiração?

- fedelho, aprendiz, nunca formado?


gelatinas.

mariposas tóxicas que querem explodir : asas batendo: pufts de fogo: pó.

gelatinas.

a goela em minhas mãos, enforcando...

preciso sair daqui.

senti uma vez meu fígado moer...
minha alienação fecunda de gastrites...

alienação de quê?

em que cofre depositei a verdade deste milênio, e sem esta verdade, como farei para lutar, não ser escravo,

atirar a primeira pedra porque sim eu fiz e prefiro a raiva à aceitação

atirar à queima roupa, à queima pele, à queima-mente!

Nunca vi gelatinas tão imprevisivelmente doces

e agora totalmente duras


Nenhum comentário:

Postar um comentário