domingo, 18 de novembro de 2012

israel

não como estado
nem como a lembrança
de sacralidade


israel
a voz sob o cobertor
sob a dor

sob


israel
o teu pano de asas
sem holocausto
pueris são

e os brasões de cédulas sobre teus ossos
petrolíferamente
o teu corpo santificado
e abençoado seja


na morte de teus dias
não de tua gente
não de tua "raça"


morte apenas

desse teu nome de borboleta sanguessuga
de chapéu-coco sem brilho

de tuas barbas como rios

o sangue de tua língua explícito correndo
tanta gazes desnecessárias

gazes sofrendo


morrendo...

pelo teu nome maldito
e abençoado seja
o teu nome


amém -isto é-
não venha até mim

e a ninguém.

nossas carnes não religiosas
nossa política de concreto

e tua mão santificada em nossas cabeças

para puxar os cabelos

e lançar-nos...

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