terça-feira, 10 de abril de 2012

das flores em subterrâneas III

botão que nasce
involucrado
incençando
já cinza


o prisma esvoaçante
do estômago da terra
que subjaz o desejo do cão

e afunda-se em enchente
o barro sem sopro

- uma flor em subterrânea-

raiz autofágica
unhas e cabelos:
sopa e o fundo do espelho
sem-cores.

a flor
sem o espelho da flor
e o brinde
sem o copo ou o líquido

existiu ali um dia o poço e a ave

hoje resta o sono
e a falta do sonho
apesar da ilusão
histórica.

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