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terça-feira, 10 de abril de 2012
das flores em subterrâneas III
botão que nasce
involucrado
incençando
já cinza
o prisma esvoaçante
do estômago da terra
que subjaz o desejo do cão
e afunda-se em enchente
o barro sem sopro
- uma flor em subterrânea-
raiz autofágica
unhas e cabelos:
sopa e o fundo do espelho
sem-cores.
a flor
sem o espelho da flor
e o brinde
sem o copo ou o líquido
existiu ali um dia o poço e a ave
hoje resta o sono
e a falta do sonho
apesar da ilusão
histórica.
involucrado
incençando
já cinza
o prisma esvoaçante
do estômago da terra
que subjaz o desejo do cão
e afunda-se em enchente
o barro sem sopro
- uma flor em subterrânea-
raiz autofágica
unhas e cabelos:
sopa e o fundo do espelho
sem-cores.
a flor
sem o espelho da flor
e o brinde
sem o copo ou o líquido
existiu ali um dia o poço e a ave
hoje resta o sono
e a falta do sonho
apesar da ilusão
histórica.
das flores em subterrâneas 2
cerrado veio oleoso de plumas
a acidez e a solidão
os cachos e a promessa do oroboro
mas o implacável ferro da carne
as cinzas hamletianas
e o absurdo do cheiro
sem o delicado do olfato.
os sonhos do amanhã
sob as baratas
cartas lançadas à sorte sem remetente
nada escrito
a não ser a areia sobre o presunto
o podre pedaço
o almoço de minúsculos
alguma energia, quem sabe,
que sobressai das formigas
das baratas
enérgicas no frenesi do alimento.
a acidez e a solidão
os cachos e a promessa do oroboro
mas o implacável ferro da carne
as cinzas hamletianas
e o absurdo do cheiro
sem o delicado do olfato.
os sonhos do amanhã
sob as baratas
cartas lançadas à sorte sem remetente
nada escrito
a não ser a areia sobre o presunto
o podre pedaço
o almoço de minúsculos
alguma energia, quem sabe,
que sobressai das formigas
das baratas
enérgicas no frenesi do alimento.
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