este escudo de lã
cheio de palavras sutis
ladainhas que sobem
aos ares aos vultos ao eterno
e despencam em si mesmas
por encontrarem nada
porém, dissimulam,
fingem-se
ao ponto da mentira
tornar-se o natural
como uma grossa camada de plástico
que vai mutando-se
ao ponto de significar
pele.
se um dia um combate viesse
não fosse esse seu tímido mundo de porvires destruídos
onde estariam suas mãos?
- sempre a espera do ser neutro
que não existe
que assume todas as atitudes, todos os ditos erros,
toda a vontade contida de praguejar
de atacar de
matar
este fantasma
esse fantasma que é a máscara
de um rosto sem rosto
de um homem invisível.
este espectro
de todo seu medo
de toda sua inanição
de todo a sua incapacidade
de ver o sangue
e bebê-lo
como ébrio vinho.
À Suzi, com vinho!
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