desregrado
e desagregado
não procuro a fuga
subverto
pelas consequências
pois já espero todas
mesmo não sabendo nada delas
sim, eu já desatinei ao longo dessa nuvem...
abri meus pulsos quando chamaram o suicídio de covardia
e contive o salto
quando me chamaram de corajoso
mas ainda isso foi pouco:
a mentira, a preguiça, o ridículo
pertenci a todas as hediondidades
e não tenho sequer sentimentos de culpa
sim, já fui traído e traidor
vencedor arrogante
e humilhado em derrota
e já fui sujo
e já fui cuspido
e já pronunciei a palavra roubo
apenas por divertimento
e é engraçado
que na poça de lama do mundo
nos rios poluídos
ainda possa ver o reflexo, neste céu de poluidades negras, tantos rostos não decantados iguais aos meus
mas dissimulando em balidos
em bondades de assistencialismo
em caridades
e ações honestas
louváveis
e não, não adianta este véu
de agradecimentos cordatos
de prêmios oscars ou nobeis
sob seus pés ainda reside a resina
úmida
do esterco macio de vaca.
que venha o sol
ResponderExcluir& os cogumelos!