segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Envolvente

Arisco acaso
no calor teu
inusitado
surpresa e sortilégio
desatados
e te vi
as mãos abertas a me dar
mais que as mãos:
o detalhe
do espaço livre
que as envolve.

2 comentários:

  1. "O acaso tem seus sortilégios, a necessidade não".
    Gostei muito desse poema e desse acaso que foi você.

    Beijo,

    Raquel-boi

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  2. De fato, a necessidade é o de sempre, o que se precisa nutrir para sobreviver. Mas o acaso, que é senão o que vem todo de um golpe, atorodoa e nos demove, trazendo mais do que o ato diário de suprir necessidades, muito mais, algo como certo sagrado advindo da experiência?

    Posso dizer que é isto que você foi e que quero que seja:

    a violenta sensação de leveza inesperada.
    Beijos

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