encontramos o teu encontro de ternura transparente
e chegamos ao auge do teu ser,
os círculos misturados de sal e doçura...
naquele ínterim,
o crepúsculo dourado que se encerrava ao longe
tecia inúmeros pensamentos
nunca achara em minha vida que te veria
e esteve será sublime
como o discernimento de que
tudo o que penso
é frágil como a sede
em sua última gota
é fútil
como o andar
que vaga sem sentir o ar
em respiração
fudamental substância
é tolo
como a preocupação
do que planejar num dia
é inútil como
olhar toda a borda do gigantesco
e resgatar a vida estúpida de caixas
que entram em caixas e mais caixas
enquanto estou aqui
te contemplando
vendo todas as nuances de seu inalcançável sem linha
de sua profundidade
sem pressão
de sua loucura
em amenidade
de seu delírio
que me faz sóbrio sereno lúcido
no instante mesmo
em que nem mais penso
nem mais sou
nem mais és
e existimos na medida do silêncio
e na medida de por tão imersos
já termos nos perdidos
nos rumos inusitados
de uma imagem além da beleza, no:
algo como o indizível
algo como o inexplicável
algo como apenas olhar
e de notar amiúde as minúcias
não perceber mais nada
nada
nem mesmo o silêncio
e nem mesmo o nada?
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