..............................................................à Arnaldo
e o rolê nos rolou boiantes em terra
até o rio
Ei-lo: elo:
um garoto de pé
debruçado-se
no que há no ar
entre seu corpo
e sua imagem
reflexo
do rio:
- devo pulá-lo
e de alguma forma
não seria
saltar minha própria figura
mergulhar-me
no líquido
e depois
o medo da minha imagem
desfigurado/a?
e os círculos concêntricos
fazendo de mim
um debuxo do que eu seria
algo como
cores
pintadas
pelo movimento dispersivo da força inexpugnável
do rio?
Mas o medo ficou ali enterrado
esperando a manhã
do dia que viria
em que a pegada de medo
tornar-se-ia
o inerte informe
das correntezas...
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