Como frases escritas em banheiros
ouço as letras
conservando
num pequeno espaço de linhas
todo o fracasso
do que se intitula ordem, direito,correto
isso tudo
pela frustração
de não poderem logo
dinamitar o espaço não higiênico
de uma viela oposta
ao sonho de edifícios mais e mais altos;
de uma rua sem saída
à ilusão de dar um passo à frente no progresso;
de uma favela,
lugar onde o todo sonho de rica vida
se desmantela
na visão de um morro maior que um prédio.
já falei que adorei esse? =)
ResponderExcluirFiz este poema dado carinhosamente sem afeto à revista Veja e seus leitores sanitaristas.
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