quinta-feira, 28 de maio de 2009

Maria

Cheia de Graça a men-s-truação subiu para o feto tomou-lhe o braço direito arrancou-lhe da masturbação umbilical- se deus existisse: do cu, bêbe voltando a ser nuvem, azul disperso finalmente invisível verbo e o verbo desfez a carne - a mãe atéia mas madre, sentiu o peso morto do nada nas entranhas o jorro liquefeito nunca despejado, o pensamento de que podia ter acontecido, a vontade dos pelos macho e fríccios, sair do manto alvo-negro do claustro casto do cubículo colado à pele à calcinha colado ao suor às entranhas urubus comem trompas de falópio não mais trombas, agora ovidutos não ovídiodutos ovários gélidos apesar do olhar rabo de olho querendo quentura bells sinam o seio a frigidez do colostro -
ser mãe é útero abstrato de um dia de chuva queimante.

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